Químicos de Fronteira recebem Carta Sindical na sede da UGT-Minas
BELO HORIZONTE/MG – Nildomar Lázaro da Silva – o conhecido Cilinho -, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação do Álcool, Químicas e Farmacêuticas de Fronteira (Sintiaf), recebeu das mãos do deputado federal e presidente da UGT-Minas, Ademir Camilo, a carta sindical da entidade, assinada pelo Ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Dias. O ato ocorreu na sede da UGT mineira, dia 16/12, no Centro da Capital, e marca o reconhecimento do trabalho da diretoria cujo mando se prolonga até 31 de maio e 2017.
O Sintiaf tem sede na Rua Padre Humberto Lahaije, 315 -Vila Residencial de Furnas - CEP 38230000 - Fone (34) 3428-2002 – sintiaffronteira@hotmail.com.
Fronteira é um município localizado na Região do Triângulo Mineiro (Alto Paranaíba) com população de 14.041 habitantes (IBGE/2010), que faz limites com a cidade mineira de Frutal, a Norte, e os municípios paulistas de Guaraci, a Leste; Icem, a Sul, e Orindiúva, a Oeste. Fronteira está localizada a uma distância aproximada de 671 km a Oeste de Belo Horizonte.
UM PROJETO PARA A ECONOMIA SOLIDÁRIA - O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação do Álcool, Químicas e Farmacêuticas de Fronteira (Sintiaf), através de seu presidente Nildomar Lázaro da Silva (Cilinho) apresentou na Petrobrás, em Brasília, projeto denominado “Novas Fronteiras”, que solicita o cadastramento da Destilaria Fronteira como fornecedora de álcool. A iniciativa também é do Sindicato dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais, do município de Fronteira, que é presidido por Robson Luiz da Silva.
Segundo ele, esta medida depende de melhoramentos a serem feitos. Cilinho, que acompanhou a auditoria realizada - em que estava presente o deputado federal Ademir Camilo - estima que as adequações somem cerca de R$ 4 milhões e o Sindicato já tem parcerias para reformar a empresa.
O projeto “Novas Fronteiras” é um empreendimento voltado à economia solidária e à autogestão dos trabalhadores que buscam perspectivas de mudanças nas quais os trabalhadores poderão ser os donos da usina e buscando a sobrevivência das pessoas envolvidas neste processo.
“O Projeto é a iniciativa dos Trabalhadores de forma coletiva, realizando ações promotoras de liberdade e de justiça, voltadas às lutas pelo emprego, pela organização para a manutenção do negócio, pela superação das dificuldades de subsistência diária e pela superação das dificuldades de gestão compartilhada de um empreendimento de trabalhadores e trabalhadoras”, salienta o sindicalista.
Atualmente, a usina se encontra em situação de crise jurídica e financeira, na qual os próprios trabalhadores se interessam em se organizar para recuperá-la e assumir a gestão da empresa em sistema de autogestão.
GESTÃO COMPARTILHADA - A empresa constitui o público-alvo da ação. Caso a justiça acate o pedido, os trabalhadores passarão a administrar a Destilaria Fronteira, como forma de garantir empregos, direitos trabalhistas e previdenciários e ainda tentar reverter as fraudes na transferência ilegal de parte da propriedade para outras empresas.
Com a transferência para os trabalhadores, em parceria com a iniciativa privada, através do Projeto ‘Novas Fronteiras’, haverá uma redemocratização na gestão por parte dos trabalhadores, de uma forma mais participativa e democrática.
Outra alteração significativa será a transferência de mando no órgão representativo máximo da empresa, de chefes e altos dirigentes para a assembleia geral, a ser realizada uma vez por mês e formada pelos trabalhadores, sócios entre si, que tomarão as decisões sobre o projeto cooperativista, assinala o presidente do Sintiaf.
Em resposta ao ofício, a Petrobras informou que vai encaminhar o projeto para análise pela gerência de aquisição de bicombustível da Petrobras Distribuidora.
Renato Ilha, jornalista (MTE 10.300)