Servidores da Jucemg aguardam reunião com representantes do governo para negociar fim da greve
Suspensão do pagamento da ajuda de custo e falta de diálogo da administração da Jucemg foram estopim do movimento paredista
Há uma semana de braços cruzados, os servidores da Junta Comercial de Minas Gerais aguardam um retorno do governo de Minas para negociar o fim da greve. Alessandra Araújo, presidente da Associação dos Servidores da Junta Comercial – Asjuc, comenta que solicitou uma reunião com representantes do governo.
“Na quinta, 14/2, enviamos um ofício solicitando uma reunião com o secretário da Fazenda para dirimir a pauta da greve”, esclarece. O movimento iniciado no dia 11/2 deve-se à suspensão da ajuda de custo conquistada pela categoria por meio do acordo homologado na ação civil pública (nº 1.0000.17.074119-3/000) que dirimiu os conflitos da greve de 2017. “Estamos reivindicando nossos direitos reconhecido pela justiça”, ressalta.
Segundo Alessandra Araújo, a greve se deve também pela falta de diálogo e respeito do presidente recém empossado, Bruno Falci, que, em nenhum momento, atendeu aos pedidos de reunião da categoria.
“O presidente conversou apenas com os servidores que não aderiram ao movimento para comunicar a manutenção da ajuda de custo, mas não procurou reunir-se com os representantes da categoria em greve para discutir sobre a pauta do movimento e definir os critérios de encerramento dela. Ele alegou não ter datas para discutir porque tem outras prioridades”, disse indignada Araújo, ao comentar que os servidores desconhecem quais são as novas metas pactuadas.
Ela explica que o benefício está vinculado a metas que são acordadas entre a administração e os servidores e estavam sempre cumpridas. Essa postura por parte da administração gera apreensão e indignação para a categoria, conforme explica a dirigente sindical.
“Não temos garantia, nenhum documento formalizado, da manutenção do benefício retroativo e a compensação dos dias parados”. Por falta de diálogo e respeito da administração da Jucemg, completa a presidente, a categoria optou pela continuidade da greve por tempo indeterminado.