NOTA DE REPÚDIO ao governo de Minas e de solidariedade aos servidores públicos
A União Geral dos Trabalhadores de Minas Gerais (UGT-MG) e o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Minas Gerais (SINDPÚBLICOS-MG) vêm a público repudiar e demonstrar sua indignação com a forma como o governo do Estado vem tratando os servidores públicos mineiros. E, paralelamente, manifestar sua incondicional solidariedade a toda categoria.
Infelizmente, o governador Fernando Pimentel insiste em manter o pagamento parcelado dos salários do funcionalismo, política adotada desde fevereiro de 2016. Chegamos ao final de 2017 e, mais uma vez, os trabalhadores não têm ainda a menor noção de quando e como irão receber o décimo terceiro salário.
Os servidores também continuam de mãos atadas quando o assunto é reajuste salarial. Esse foi o quarto ano consecutivo sem qualquer tipo de correção, nem mesmo para repor a inflação, com os salários sendo corroídos ano após ano.
É bom que se esclareça que a maioria do funcionalismo mineiro ganha, no máximo, até R$ 3 mil por mês. Não são marajás, mas trabalhadores que labutam diariamente para colocar o arroz e o feijão na mesa. Os altos salários são privilégio de uma minoria abrigada em cargos comissionados e nos escalões próximos do governo. Para esses, os privilégios são intocáveis.
É lamentável que um governo que se diz representante dos trabalhadores haja desta forma, com total desprezo por aqueles responsáveis por servir o cidadão mineiro e colocar em prática as políticas públicas de Estado.
A situação é de penúria para os companheiros que laboram nos órgãos públicos de Minas. Em função da política de pagamento adotada pelo governo, muitos não conseguem quitar suas obrigações financeiras, como a conta de luz, de água, de telefone, o supermercado, o açougue, o cartão de crédito, enfim, despesas do dia a dia, pagando juros e multas.
É lamentável, ainda, a insensibilidade do governador Fernando Pimentel, que se recusa a negociar às claras com as entidades sindicais, por meio de um diálogo franco e transparente. Quando o governo agenda reuniões com os sindicatos representativos do funcionalismo público é apenas para apresentar números e dizer não a qualquer pedido de negociação.
Para atrasar os salários e o décimo terceiro, o governo tem usado como justificativa a baixa arrecadação, o déficit orçamentário do Estado e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Desculpe-nos, governador Pimentel, mas não é justo que o servidor pague, sozinho, o ônus da má gestão e da incompetência administrativa, submetendo-o a um arrocho salarial sem precedentes. Se as finanças estão combalidas, certamente não é por culpa dos servidores.
A UGT-MG e o SINDPÚBLICOS-MG se unem à luta das categorias para exigir do governo do Estado respeito aos direitos fundamentais dos trabalhadores. Entre os quais, receber os salários no quinto dia útil e a justa correção na data-base. Podem contar conosco.
Paulo Roberto da Silva
Presidente da UGT/MG
Eduardo Sérgio Coelho
Secretário do Servidor Público - UGT-MG
Geraldo Antônio H. da Conceição
Diretor Coordenador SINDPÚBLICOS-MG