UGT-MG prepara seminários sobre reforma trabalhista e os desafios no cenário após o fim da contribuição sindical
Dirigentes da central ugetista mineira se reúnem na próxima terça-feira, 19/09, com a procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG), Adriana Augusta de Moura Souza. Também estarão presentes representantes de demais centrais sindicais do estado.
O objetivo é discutir a realização de um seminário conjunto das centrais sindicais com o MPT-MG para debater as implicações da reforma trabalhista no dia a dia das entidades sindicais e as consequências práticas na vida do trabalhador. E, ainda, preparar os dirigentes sindicais para a nova realidade a partir de novembro, quando a lei 13.467/17 entra em vigor.
O anúncio foi feito pelo presidente da UGT-MG, Paulo Roberto da Silva, durante reunião da Operativa nessa quarta-feira, 13.09. Segundo ele, a realização do seminário conjunto, coordenado pelo Ministério Público do Trabalho, vem sendo discutida há algum tempo com procuradora-chefe do MPT-MG.
Na reunião ampliada da próxima terça-feira será definido o formato do evento, como temas e palestrantes, a partir de sugestões colhidas entre os participantes.
Seminário próprio da UGT-MG
Em outubro, a UGT-MG fará um seminário específico da central ugetista mineira. Será entre os dias 24 e 28, em local e data a serem definidos posteriormente. A realização desse evento vem sendo planejada há bastante tempo pela central, tendo em vista a atual conjuntura política e econômica e as mudanças que impactam profundamente o mundo do trabalho.
A ideia é expandir a discussão, não mais se restringindo apenas aos pontos da Reforma Trabalhista. O objetivo, desta vez, é ampliar a temática abordando, por exemplo, como fica a gestão sindical no novo cenário sem a contribuição sindical, que alternativas adotar, estratégias administrativas, dentre outros.
A UGT-MG definiu por fazer o seminário em outubro, pois preferiu aguardar a Medida Provisória que o governo prometeu editar, alterando pontos da lei 13.467/17. Caso a MP realmente saia, será possível atualizar a temática do evento.
Edição da MP e a posição da UGT
Durante a reunião da Operativa, o presidente Paulo Roberto da Silva conversou, por telefone, com o deputado federal e vice-presidente da UGT-MG, Ademir Camilo, que se encontrava em Brasília.
Ele participou na última segunda-feira, 11/09, ao lado do presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, da reunião com o presidente Michel Temer para tratar da elaboração da MP que corrija os equívocos inseridos na legislação com a aprovação e sanção da reforma trabalhista.
Da reunião, participaram ainda o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e o ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab.
De acordo com Ademir Camilo, outras reuniões serão realizadas nos próximos dias com representantes do governo, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para colher sugestões a serem inseridas no texto base da Medida Provisória. Ele acredita que, em breve, será possível apresentar uma proposta ao presidente Michel Temer.
A UGT aposta como fatores fundamentais para o resgate dos direitos suprimidos dos trabalhadores rever a questão do trabalho intermitente, do trabalho da mulher gestante em ambiente insalubre, entre outros pontos.