Centrais sindicais mineiras saem às ruas nesta sexta-feira em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra as reformas do governo
As ações de mobilização em torno do calendário unificado de lutas das centrais sindicais mineiras tomam corpo nesta sexta-feira, 25/11 (Dia Nacional de Lutas, Greves, Paralisações e Protestos), com ato unificado na Praça Sete, a partir de 10 horas.
Com o lema “Nenhum direito a menos”, participam da mobilização as centrais sindicais União Geral dos Trabalhadores de Minas Gerais (UGT-MG), Força Sindical, Nova Central Sindical, CSP Conlutas, CTB e Intersindical, além de movimentos populares e sociais.
PEC 55/2016
Os trabalhadores saem as ruas, entre outros motivos, para protestar contra a PEC 55/2016, em tramitação no Senado, que limita os gastos públicos nos próximos 20 anos.
Aprovada como PEC 241/2016 na Câmara Federal, a medida é considerada um enorme retrocesso e uma ameaça real aos investimentos sociais em áreas prioritárias como saúde e educação. Os mais prejudicados serão os trabalhadores e os pobres, ou seja, aqueles que mais precisam do Estado para que seus direitos constitucionais sejam garantidos.
Por outro lado, a PEC exclui do congelamento os gastos com a chamada dívida pública (responsável por quase a metade do orçamento federal). Dívida esta, aliás, que nunca foi auditada, como determina a Constituição, e sobre a qual recaem graves indícios de irregularidades. A PEC também não coloca teto para o pagamento de juros ao sistema financeiro e nem taxa as grandes fortunas.
Outras demandas
Mas a PEC 55/2016 não é o único item na pauta dos movimentos sindicais. As centrais também saem às ruas em defesa da aposentadoria e contra a reforma da Previdência; em defesa dos direitos e contra a reforma trabalhista; em defesa do emprego e pela redução da jornada de trabalho, sem a redução dos salários.
“O trabalhador não pode ser chamado novamente a pagar a conta da má gestão dos recursos públicos e da incompetência governamental no trato da coisa pública. Isso não podemos aceitar. A sociedade já vem sendo sacrificada demais, com uma taxa de desemprego que chega a quase 13 milhões de brasileiros”, diz o presidente da UGT-MG, Paulo Roberto da Silva.
Segundo ele, o movimento sindical, demonstrando maturidade, deixa suas vaidades e ideologias de lado para lutar por uma causa única que afeta toda a classe trabalhadora e a sociedade brasileira.
O Dia Nacional de Lutas, Greves, Paralisações e Protestos irá ocorrer em todo o país e dá sequência à uma série de atividades realizadas pelas centrais sindicais em defesa dos direitos dos trabalhadores.