UGT luta contra a criação de sindicatos fantasmas

O encontro, que aconteceu no gabinete ministerial, em Brasília, teve como objetivo discutir os avanços para se consolidar mudanças na portaria 186, que regulamenta a criação de entidades sindicais e, desta forma, ampliar o enfrentamento a chamada “fábrica de sindicatos”, criação de entidades fantasmas que não representam sua categoria, mas dividem a base trabalhista e recebem a contribuição sindical. “Estamos num processo de mudanças. Desde que assumi, toda a equipe foi substituída e está havendo um mutirão para organizar todos os cerca de dois mil processos que ficaram parados no Ministério ao longo de um ano e meio que a pasta ficou administrada interinamente”, explica Brizola Neto.
Segundo Patah é fundamental até para resgatar a valorização do Ministério que a criação de sindicatos passe por critérios mais rígidos e, desta forma, fortaleça a unidade das bases trabalhistas.

Na reunião estiveram presentes os deputados e vice-presidentes da UGT nacional, Ademir Camilo e Roberto Santiago (federais) e Severino Ramos (estadual),  além de Canindé Pegado, secretário geral da central, Genival Boserra  Leite, presidente do Sindeepres, Lineu Mazano, Secretário Nacional dos Servidores Públicos da UGT, Gustavo Walfrido, presidente da UGT de Pernambuco.

Outro assunto debatido no encontro foi em relação a terceirização e as cooperativas. Nesse tema o presidente Patah enfatizou a necessidade de se criar um grupo de trabalho (GT) composto entre membros de todas as centrais sindicais, assim como representantes do próprio Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a fim de avançar na elaboração de uma regulamentação para os setores.

Patah frisou também que a sugestão do Governo Federal  em criar um sistema de Simples Trabalhista desagrada a UGT, uma vez que nenhuma das centrais sindicais foram consultadas ou tiveram participação na criação da proposta apresentada.

Colônia de Pescadores e trabalhadores rurais

O deputado Ademir Camilo ressaltou que esteve com o ministro da Pesca e Aquicultura,  Marcelo Crivella, e salientou que a UGT, como entidade que tem maior representação junto aos pescadores brasileiros, não foi convidada a participar da elaboração da proposta de regulamentação da profissão, por esse motivo foi solicitada maior cooperação entre as entidades.

Outro ponto abordado foi em relação às dificuldades financeiras que as colônias de pescadores estão vivendo por conta de divergências entes as entidades e a confederação que faz parte de outra central sindical. Essa situação vem acontecendo, também, com sindicatos rurais.

O ministro falou que chamará os presidentes das centrais sindicais para debater esses temas, mas já adiantou que pretende levar essa pauta para discussão na Câmara dos Deputados.

No encerramento do encontro, Ricardo Patah convidou o Ministro Brizola a participar da festa anual dos comerciários aposentados, que acontecerá em 25 de agosto, São Paulo. O ministro agradeceu o convite e confirmou sua presença no ato.