Bancários do Uberlândia e região voltam ao trabalho e avaliam greve como vitoriosa
“O acordo só foi alcançado devido à pressão que os bancários fizeram sobre os banqueiros. Conseguimos garantir a reposição da inflação, mais 1% de ganho real, entre outras conquistas”.
Assim o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Uberlândia e Região (SEEB), Edivaldo Dias Cunha, avalia o fim da greve da categoria, que durou 31 dias.
Ele cita que alguns benefícios também tiveram reajuste como 15% no vale alimentação, 10% no auxílio refeição e 10% no auxílio creche. Outro benefício é o abono dos dias parados, obtido após pressão dos bancários na mesa de negociação contra a punição dos trabalhadores que fizeram a greve.
O fim da paralisação em Uberlândia e região foi aprovado em assembleia realizada na sexta-feira, 7/10, após a nova contraproposta apresentada pela Federação Nacional dos bancos (Fenaban). “Estou orgulhoso de vocês, mandaram bem, meu time. Saímos fortalecidos”, disse Edvaldo em comunicado aos bancários da região.
O SEEB representa bancários dos municípios de Campina Verde, Centralina, Conquista, Coromandel, Estrela do Sul, Frutal, Ibiá, Indianópolis, Itapagipe, Iturama, Monte Alegre de Minas, Monte Carmelo, Paracatu, Patrocínio, Prata, Romaria, Sacramento,Tupaciguara e Uberlândia.
Antes do início da greve, no dia 29 de agosto, os bancos propuseram reajuste de 6,5%. Novas propostas foram apresentadas nos dias 9 e 28 de setembro, de reajuste de 7%. Todas foram rejeitadas pelos bancários, que decidiram manter a greve por tempo indeterminado.
Conquistas da greve
Além do reajuste de 8% no salário, a categoria conseguiu:
- Abono de R$ 3,5 mil;
- 15% de reajuste no vale alimentação;
- 10% de reajuste no vale refeição;
- 10% de reajuste no auxílio creche-babá;
- Extensão da licença paternidade para 20 dias.