Ações sobre a paralisação da PF/MG
A Polícia Federal começa na próxima terça-feira, dia 7, uma greve em todo o Brasil. O Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Minas Gerais deliberou hoje, sexta-feira, em Assembleia Geral Extraordinária as ações de mobilização para a próxima semana.
Estiveram presentes na AGE cerca de setenta policiais federais lotados na capital para discutir a respeito das ações que serão realizadas no estado e a postura dos servidores diante da situação. O movimento grevista é, por hora, uma paralisação de alerta, estendendo-se até a próxima sexta, dia 10, em que será realizada outra assembleia para avaliar as próximas manifestações da categoria.
A Polícia Federal está pleiteando a reestruturação da carreira, que já está há mais de 3 anos em negociação com o Governo. Os servidores deixam claro que o movimento não é uma simples busca por um aumento salarial, mas sim, a correção de uma injustiça com a segurança pública. Um dos maiores agravantes é o sucateamento do órgão, a evasão de profissionais e a total falta de recursos que impede o cumprimento das funções da PF, em especial o efetivo combate ao narcotráfico, crime organizado, corrupção, e o alerta para os grande eventos em relação às ameaças de terrorismo.
A paralisação será realizada em todo o Brasil e, enquanto durar, serão cumpridos somente os serviços urgentes a serem avaliados pelas comissões de greve da capital e do interior. Serão suspensos os atendimentos ao público, tais como oitivas, porte de arma, atendimento a estrangeiros, controle de empresas de vigilância, bancos, produtos químicos, etc. A emissão de passaportes será afetada, sendo atendidos somente os casos emergenciais. A categoria irá manter apenas os plantões, as ocorrências em flagrante e a custódia de presos. Também estão previstas operações-padrão no Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins).
A deliberação unânime dos policiais federais não tem a intenção de prejudicar a população, mas sim conscientizar a sociedade sobre o sucateamento da Polícia Federal, em especial os cargos de agente, escrivão e papiloscopistas, que possuem o nível superior reconhecido pelo MPOG em face das atribuições de fiscalização, análise, inteligência e perícias. Hoje, na PF, somente os cargos de perito e delegado são remunerados como as demais carreiras típicas de Estado, de nível superior, do Poder Executivo Federal.