Ministro do Trabalho é recebido por presidentes ugetistas de todo o Brasil
Tendo como palavra de ordem o fortalecimento do Ministério do Trabalho e o resgate da dignidade da classe trabalhadora, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) recebeu, nesta quarta-feira (25), em São Paulo, a visita do ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira, que foi recebido pelo líder ugetista Ricardo Patah e por presidentes das UGTs de diversos estados da federação.
O ministro, ao iniciar sua fala, enfatizou que, enquanto ele estiver a frente do Ministério, a classe trabalhadora não terá surpresas com a apresentação de qualquer tipo de proposta que modifique a atual relação capital e trabalho, sem que as o movimento sindical seja consultado. “Não irei trair o trabalhador”, diz o ministro.
Ronaldo, que votou contra o Projeto de Lei 4330, que precariza as relações trabalhistas, afirmou ser favorável a regulamentação da terceirização, já que esta é uma realidade vivida hoje pelos brasileiros, mas da forma que está tramitando no Senado, ele é contra. “A terceirização hoje esta presente no dia a dia da população, mas dessa forma que ela é não protege o trabalhador que, muitas vezes é prejudicado nos seus contratos, necessitando urgente de uma regulamentação”.
Ricardo Patah abordou duas preocupações principais da Central, em relação a troca de comando do Ministério. Primeiramente o presidente ugetista ressaltou a necessidade do fortalecimento do Ministério do Trabalho para a ampliação de medidas que busquem, efetivamente, enfrentar o desemprego visando a qualificação profissional dessas pessoas e é a abertura de novos postos de trabalho.
Patah enfatizou também que é preciso avaliar os critérios de aferição sindical, já que o sistema atual abre a possibilidade das entidades registrarem números errôneos. “Existe entidade sindical de cidades pequenas que tem mais associados do que a cidade tem de habitantes”, diz.
Nogueira disse que uma das orientações do presidente interino Michel Temer é que ele possa ampliar o diálogo com os trabalhadores, com isso uma das primeiras medidas a serem adotadas em sua gestão será a criação de um Grupo de Trabalho para avaliar todas essas questões que envolvem o movimento sindical. “Nesse Grupo podemos discutir a regulamentação do que esta na constituição e aborda o sindicalismo, buscando formar um marco civil do movimento sindical”.
Fonte: www.ugt.org.br