União Geral dos Trabalhadores

Milhares de trabalhadores marcam presença no 3º Congresso Nacional da UGT

17 de Junho de 2015

Com aproximadamente 3.000 delegados de todas as regiões do País, teve início nesta terça-feira, 16 de junho, o 3º Congresso Nacional Ordinário da UGT, no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo. A delegação da UGT Minas, com cerca de 200 integrantes, chegou à capital paulista ainda na parte da manhã e compareceu em peso à sessão solene de abertura oficial do evento.

 

Com o tema “Brasil: é hora de reforma”, o primeiro dia do congresso contou com a participação de observadores, convidados e uma delegação internacional composta por representantes de 42 países, entre os quais, Bélgica, São Tomé e Príncipe, México, França, Filipinas, Panamá, Estados Unidos, Berlim, Turquia e Bangladesh.

 

Entre as várias autoridades presentes estavam o ex-senador Pedro Simon (RS), o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, o governador de São Paulo, Geraldo Alkmin, o governador de Goiás, Marconi Perilo, diversos secretários estaduais de São Paulo, deputados, vereadores, representantes do Ministério Público do Trabalho (MTP), da Organização  Internacional do Trabalho (OIT) e das centrais sindicais CUT, CTB, Força Sindical, Nova Central Sindical e CSP-Conlutas.

 

O público foi brindado com uma apresentação da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. A surpresa do dia ficou por conta da execução do Hino Nacional, interpretado pela cantora Fafá de Belém, símbolo da campanha das Diretas já.

 

O presidente da UGT, Ricardo Patah, que comandou a abertura dos trabalhos, ressaltou a importância da presença de todos os dirigentes nacionais e estaduais da central e de milhares de militantes vindos das várias regiões do Brasil. E o fato de reunir também autoridades e trabalhadores de outras entidades sindicais, de acordo com ele, é sinal de esperança de mudanças e de maior inclusão social.

 

Nos depoimentos e falas dos oradores não faltaram críticas aos ataques aos direitos dos trabalhadores, representados pelo Projeto de Lei que regulamenta a terceirização sem limites e as MPs 664 e 665. Também ficou clara a preocupação dos trabalhadores com a estagnação econômica do País, com os juros e inflação em alta.

 

O primeiro dia do Congresso foi encerrado com aprovação do Regimento Interno, da Alteração Parcial do Estatuto da UGT e da Resolução do Temário do 3º Congresso.

 

Manifesto

Aproveitando a presença de militantes das várias regiões do Brasil, trabalhadores dos segmentos de asseio, conservação e vigilância subiram ao palco do 3º Congresso da UGT para exigir justiça, respeito e dignidade. O secretário-geral de Finanças da Central e presidente da Fenascon, Moacyr Pereira, leu, em nome dos trabalhadores, um manifesto no qual relembra as lutas e conquistas das categorias.

 

Unindo-se ao apelo da UNI Global Union, os companheiros de asseio, conservação e vigilância fizeram um protesto contra a Prosegur que, segundo sindicalistas do Peru, age com total desrespeito aos direitos humanos e trabalhistas naquele país latino-americano.

 

Programação

Um dos objetivos do 3º Congresso Ordinário Nacional da UGT é eleger a nova diretoria para um mandato de quatro anos, até junho de 2019.  Mas o evento se propõe também a fortalecer a UGT em cada estado da Federação e do Distrito Federal, por meio de ações político-sindicais e sociais que devem ser praticadas pelas entidades filiadas. Por isso, a programação reservou momentos para palestras e reflexão de temas que envolvem tanto os interesses da classe trabalhadora quanto aos da sociedade.

 

Com isso, a UGT acredita ser possível apontar caminhos para possibilitar a formulação de propostas que levem o Brasil ao crescimento sustentável, com geração de emprego e renda, para que cada brasileiro conquiste o direito de viver dignamente.

 

Nesta quarta-feira, 17 de junho, pela manhã, houve a palestra sobre “As reformas estruturais que o Brasil precisa”, tendo como expositores o ex-senador Pedro Simon, o professor e sociólogo Demétrio Martinelli Magnoli e o diretor do DIAP, jornalista Antônio Augusto de Queiroz.  

 

À tarde, será abordado o tema “Desenvolvimento sustentável com justiça social”, com a presença da ex-senadora Marina Silva e do economista Sérgio Besserman Vianna. Como atrações culturais do dia haverá a apresentação da Orquestra Instituto Pão de Açúcar e da Cia. Ballet de Cegos.

 

Na quinta-feira, 18 de junho, está prevista a palestra “Trabalho e dignidade: o futuro do emprego”, com a participação do professor Marco Antônio Villa e da jornalista Eliane Cantanhede. O Congresso será encerrado com a eleição e posse da Executiva Nacional e do Conselho Fiscal da UGT Nacional.