Por consenso, 3º Congresso elege Paulo Roberto da Silva, como novo presidente da UGT-Minas
CAETÉ/MG - O 3º Congresso da UGT-Minas, realizado dias 13 e 14 de março, elegeu como novo presidente Paulo Roberto da Silva, presidente do Sindicato dos Empregados em Edifícios e Condomínios, em Empresas de Prestação de Serviços em Asseio, Conservação, Higienização, Desinsetização, Portaria, Vigia e Cabineiros de Belo Horizonte (Sindeac-BH), cuja diretoria é integrada pelo ex-presidente Ademir Camilo, que ocupa a primeira vice-presidência; Fabian Schettini, como secretário-geral, e José Cloves Rodrigues, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Belo Horizonte e Região Metropolitana (SECBHRM), como titular da tesouraria.
O presidente eleito agradeceu aos ugetistas que apontaram o nome dele por consenso e declarou admiração ao deputado federal Ademir Camilo, condicionando o futuro da Central à postura dos empossados, na medida em que o presidente é uma pessoa à frente de uma entidade com órgãos executivo e deliberativo. Ao prometer empenho e combatividade, traços que caracterizam o perfil construído por ele em décadas de atuação, Paulo Roberto da Silva declarou que a UGT-Minas pode confiar na diretoria liderada por ele.
Dizendo ser “empregado do sindicalismo”, contestou frase corrente que afirma que trabalhador não vota em trabalhador, ao se referir à redução da bancada sindical pela metade, nas últimas eleições, acusando o processo eleitoral brasileiro de ser baseado no poder econômico. Ele citou o conhecido “Sistema S” (SESI, SENAI, SESC e SENAT), para o qual são destinados 4% da folha bruta dos salários dos trabalhadores e que são pagos pelo produto adquirido pelo consumidor. O recurso, que deveria ser destinado à formação profissional - mais a verba do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) - é destinado ao empresariado, que ainda cobra a prestação de cursos para a população.
ATIVISMO SINDICAL -Mesmo reconhecendo a fragilidade do governo e o posicionamento estratégico dos empresários relativamente às verbas públicas, o sindicalista cobrou maior agilidade do movimento trabalhista, que deve pressionar pelo fim do fator previdenciário, pela redução da carga horária para 40 horas semanais, para revogar as medidas provisórias 664 e 665 e afirmar a pauta trabalhista. A partir da concordância do colegiado, a intensão do novo gestor é de promover um congresso extraordinário por ano, reunir as secretarias em períodos reduzidos, visando operacionalizar as ações da Central.
“Vamos entrar nas portas estiverem abertas e sentar nas cadeiras em que ninguém estiver sentado”, destacou Paulo Roberto da Silva, agradecendo a confiança depositada ao grupo pelos ugetistas.
De mãos dadas, os congressistas oraram pelo bem dos trabalhadores, antes de Paulo Dias, vice-presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Minas (Sindimóveis-MG), resgatar a caminhada iniciada por ele – primeiro presidente da UGT-Minas - e um outros sindicalistas, oito anos atrás, e frisar o perfil de gestor e homem de família do novo presidente, para, então, declarar encerrado o 3º Congresso da União Geral dos Trabalhadores de Minas Gerais.
GESTOR SINDICAL - Paulo Roberto da Silva é casado, pai de dois filhos formados em Direito, e preside entidade que abriga 80 mil trabalhadores na base, dos quais cerca de 30 mil filiados; emprega 180 funcionários, entre eles 52 médicos, de especialidades clínicas diversas, oito dentistas e 10 advogados. Foi juiz classista, mas renunciou ao cargo, por priorizar a atividade sindical. Também preside a Federação dos Empregados em Turismo e Hospitalidade de Minas (FETHEMG), composta por 30 entidades sindicais de base, e secretário-geral da Confederação.
Renato Ilha, jornalista (MTE 10.300)