União Geral dos Trabalhadores

Aécio volta a falar em “substituição do fator”, na sede dos Comerciários de BH

24 de Setembro de 2014

BELO HORIZONTE/MG - Palco de encontros diários dos Comerciários, o refeitório do Sindicato dos Empregados no Comércio de Belo Horizonte e Região Metropolitana (SECBHRM) ficou pequeno, na noite de 24/09, para receber o público que lotou as dependências do andar térreo da entidade, no Centro da Capital mineira, para chegar perto de Aécio Neves, candidato da Coligação “Muda Brasil” (PSDB / PMN / SD / DEM / PEN / PTN / PTB / PTC / PT do B).

Governador de Minas, de 2002 a 2006, e senador eleito, em 2010, Aécio foi acompanhado por comitiva composta por Pimenta da Veiga, candidato ao governo estadual, e Antônio Anastasia, candidato ao Senador e ex-governador, sendo recepcionados pelo presidente do SECBHRM e da UGT-Minas, José Cloves Rodrigues. O evento atraiu lideranças dos meios político e sindical, como Enilson Simões de Moura - "Alemão" -, um dos vice-presidentes nacionais da UGT, e Vandeir Messias, presidente da Força Sindical mineira.

A aproximação de Aécio com o movimento sindical foi ressaltada pelo anfitrião, José Cloves, que destacou o perfil moderno do candidato e o comprometimento que tem assumido com a pauta trabalhista.

“SUBSTITUIR O GOVERNO” - Na reta final da campanha pelo Palácio do Planalto, o candidato manteve as críticas ao governo federal, condenou os sucessivos escândalos envolvendo políticos na Petrobras e renovou a crença na conquista do voto contrário ao PT. Para Aécio Neves, é preciso substituir o governo do Brasil “por outro mais experimentado e composto por quadros qualificados e bem sucedidos em gestão, empreendidas pelo país”.

Ele criticou a presidente-candidata Dilma Rousseff por não assinar o acordo de desmatamento zero na Cúpula do Clima, organizada pelas Nações Unidas em Nova York. “O Brasil não endossou a carta de intenções que pretende cortar pela metade o desmatamento até 2020 e zerar o corte indiscriminado de vegetação até 2030”, denunciou o tucano.

SALÁRIO MÍNIMO E FATOR - O candidato garantiu a manutenção da política de reajuste real do salário mínimo e com o reajuste da tabela de Imposto de Renda pela inflação, considerando natural o convívio com as centrais sindicais: “vou governar olho no olho dos trabalhadores, não vou governar como Dilma, de costas”, disse.

Voltou a declarar que promoveria a substituição do fator previdenciário por outro instrumento, caso eleito, admitindo existir condições de buscar uma alternativa que não penalize os aposentados, com benefícios ou reajustes diferenciados que garantam o poder aquisitivo. Aécio propôs a inclusão no reajuste da variação do preço de medicamentos, como mais uma alternativa. Mas acusou o presidente Lula de vetar o projeto que havia sido aprovado pelo Congresso, preferindo manter o fator previdenciário.

REDUTOR - O fator previdenciário é um mecanismo que desestimula a aposentadoria por tempo de contribuição antes da idade mínima de 60 anos, para mulheres, e 65 anos, para homens. Quando mais cedo a pessoa decidir se aposentar, menor será o valor do benefício.

 

Renato Ilha, jornalista (MTE 10.300)