Vidreiros e Vidraceiros obtém reconhecimento do MTE e entregam pauta à FIEMG
BELO HORIZONTE/MG – A proposta de Acordo Coletivo de Trabalho do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Fabricação, Beneficiamento, Transformação e Instalação de Vidros, Cristais, Espelhos, Vidro Ótico, Vidro Oco e Artesanal e na Fabricação de Cerâmica de Louças e Porcelanas dentro do Estado de Minas Gerais (Sindvidro-MG) foi entregue pelo presidente da entidade, José Avimar Ramos da Silva – Zezinho da Silva – ao presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior, na presença do deputado federal e presidente da UGT-Minas, Ademir Camilo.
O documento, com vigência estipulada entre fevereiro de 2014 a janeiro de 2015, destaca a fixação de piso salarial, adicional noturno e horas extras, fornecimento de alimentação e demais garantias aos trabalhadores do segmento.
Ao se manifestar na ocasião, Ademir Camilo classificou de oportuno o ato que sacramenta a organização da classe em Minas Gerais e dignifica o trabalho de categoria profissional essencial para a vida moderna. “O trabalho dos Vidreiros e Vidraceiros está presente em todas as casas, prédios comerciais, automóveis, vitrines, estádios de futebol e na diversidade da produção industrial”, salientou o deputado sindicalista.
CATEGORIA DIVERSIFICADA - O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Fabricação, Beneficiamento, Transformação e Instalação de Vidros, Cristais, Espelhos, Vidro Ótico, Vidro Oco e Artesanal e na Fabricação de Cerâmica de Louças e Porcelanas dentro do Estado de Minas Gerais (Sindvidro-MG) é a entidade representativa dos trabalhadores que atuam na fabricação e no processo de industrialização e armazenagem, bem como no manuseio e no produto final, a instalação em obras e fundição de vidros ocos, como garrafas, potes, garrafas térmicas e de cerveja. Também no paisagismo e no segmento automotivo, na instalação em veículos.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) concedeu a carta sindical à entidade em 02 de outubro de 2013. O Sindvidro-MG é presidido por José Avimar Ramos da Silva – Zezinho da Silva– membro da classe há 23 anos, que declara gratidão ao empenho dedicado pelo deputado e presidente da UGT mineira, Ademir Camilo, em prol do reconhecimento do sindicato.
A base territorial compreende o Estado de Minas Gerais, à exceção dos municípios de Poços de Caldas, Andradas e Santa Luzia que possuem sindicatos estabelecidos. A representação da entidade – entre empregados, terceirizados e autônomos – gira em torno de 45 mil pessoas. A sede do sindicato está localizada na Rua da Alemanha, 318, esquina com a Rua da Síria, Bairro Eldorado, CEP 32340-060, em Contagem, atendendo pelo fone (31) 3352-9055. O endereço eletrônico da entidade (site) é www.sindvidro.mggov.com e o e-mail sindvidromg@hotmail.com.
CADEIA PRODUTIVA - A cadeia vidreira se inicia na extração de minerais, que abastecem as usinas de base com matérias-primas. Estas fabricam chapas de vidro plano em tamanhos padronizados, em quatro cores (incolor,verde, bronze e fumê) e em espessuras de 2 a 19 mm. Para que possam ser aplicadas no destino final, as chapas passam por transformação na indústria de processamento de vidro (corte, lapidação, têmpera, laminação, curvação, serigrafia e insulamento, entre outros). Depois, seguem para as indústrias da construção civil (vidraçarias e construtoras), automotiva (montadoras), moveleira (fabricantes de móveis), linha branca (fabricantes de eletrodomésticos) e decoração e a indústria ceramista de vasos, bojos e porcelanas para uso do mercado mobiliário e da construção civil.
EMPREGOS - O setor de processamento de vidros empregou, em 2011, 30.387 trabalhadores. O total de empregos diretos envolvidos na cadeia produtiva vidreira é muito mais relevante quando consideramos sua ponta, os vidraceiros.
Renato Ilha, jornalista (MTE 10.300)