União Geral dos Trabalhadores

Mulheres cobram igualdade salarial pela realização de mesma função

17 de Outubro de 2013

MEDELLIN/COLÔMBIAA parcela feminina de trabalhadores cobra a isonomia salarial na realização de igual função exercida pelos homens. As mulheres são as mais afetadas pelo desemprego, informalidade e pobreza na América Latina. A constatação parte do relatório “Trabalho Decente e Igualdade de Gênero: Políticas para o Acesso e a Qualidade do Emprego das Mulheres na América Latina e Caribe” realizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e organizações para o desenvolvimento social.

A desigualdade entre o que é pago para homens e mulheres foi identificada em estudo apresentado durante a 18ª Conferência Interamericana de Ministros do Trabalho (CIMT), realizado em Medellin, na Colômbia, entre os dias 10 e 13 de novembro, revela que a taxa de desemprego entre as mulheres é de 9,1%, 1,4 vezes maior que a dos homens.

Os dados do relatório também apontam que as mulheres recebem salários mais baixos em todos os setores de trabalho. Na região existem cerca de 100 milhões de mulheres que trabalham e apesar de a taxa de emprego ter aumentado de 49,2% em 2000 para 52,6% em 2010, ainda é inferior à dos homens que corresponde a 79,6%. A ocupação feminina está concentrada principalmente em serviços e no comércio.

MENORES CHANCES - Os apontamentos demonstram que as mulheres têm menos probabilidades que os homens de conseguir emprego (60,7% versus 68,5%). Os dados referentes à renda revelam que apesar dos progressos nos últimos anos, as mulheres ganham o equivalente a 68% do que ganham os homens.

Elizabeth Tinoco, diretora do Escritório Regional da OIT para a América Latina, chamou a atenção dos governos para o tema: “É hora de colocar a igualdade de gênero como um objetivo geral e transversal de políticas sociais e econômicas”, afirmou. Em sua avaliação, os avanços em igualdade nos últimos 30 anos foram importantes, mas insuficientes.

O relatório observa ainda que junto à desigualdade de gênero também existem disparidades entre as mulheres: as diferenças despontam conforme a condição. Ser uma mulher indiana ou de ascendência africana, jovem ou velha, residente em áreas urbanas ou rurais, vivendo no país de origem ou como migrante, com ou sem filhos, pontua o documento.

 

Renato Ilha, jornalista (MTE 10.300)

Informações da Agência Andes