União Geral dos Trabalhadores

UGT reúne Metalúrgicos e Comerciários em protesto contra a Nissan mundial

26 de Setembro de 2013

BELO HORIZONTE/MG - A União Geral dos Trabalhadores de Minas Gerais (UGT-Minas) realizou, na manhã de 26 de setembro, manifestação em frente à concessionária da Nissan, localizada na região central de Belo Horizonte. Liderado pelo presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, o ato reuniu trabalhadores do comércio e do ramo metalúrgico.

“Esse movimento não é contra a Nissan aqui do Brasil, mas contra a Nissan dos Estados Unidos, que não permite que seus trabalhadores - especialmente os da planta do Mississipi - se sindicalizem para encaminhar as negociações trabalhistas. A UGT foi procurada há pouco tempo para prestar solidariedade e participar de eventos contra a Nissan no Brasil, até que as reivindicações sejam atendidas. Já fizemos um ato em Curitiba, outro em São Paulo e, hoje, em Belo Horizonte”, afirmou Ricardo Patah.

O presidente da UGT disse, ainda, que serão feitos outros atos, como este, em todas as capitais onde existam concessionárias ou representações da montadora. Também estiveram presentes representantes do Sindicato dos Metalúrgicos e do Sindicato de Serviços, ambos dos EUA. Os metalúrgicos ugetistas, que participam na capital mineira do 1° Encontro Nacional dos Sindicatos dos Metalúrgicos da UGT, suspenderam, temporariamente, o evento e, juntamente com os comerciários, participaram deste ato, que chamou a atenção de todos os que passavam pela avenida diante da concessionária Nissan.

Falando em nome do presidente da UGT-Minas, deputado federal Ademir Camilo, Fabian Schettini, secretário de Comunicação da Central, lembrou da solidariedade própria à luta dos trabalhadores, "cuja luta é a mesma em qualquer parte do mundo", ressaltou. Schettini lembrou que as principais datas da luta operária mundial - o Dia 1º de Maio e a o Dia Internacional da Mulher - se originaram jusatamente nos Estados Unidos, país em que hoje a prática antissindical é ferrenha.      

Delson Oliveira, secretário Nacional dos Metalúrgicos da UGT, disse que “a luta dos trabalhadores americanos é também dos brasileiros. E que é inadmissível que, em pleno século vinte um, uma empresa como a Nissan e, ainda mais nos EUA, negue aos trabalhadores a representação sindical e a negociação coletiva dos direitos trabalhistas.”

 

Renato Ilha, jornalista (MTE 10.300)

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