União Geral dos Trabalhadores

Comerciários da Grande BH obtém reajustes acima da inflação

12 de Junho de 2013

BELO HORIZONTE/MG - Os Comerciários da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) selaram as campanhas salariais com reajustes acima do índice inflacionário de 12 meses. O Sindicato dos Empregados no Comércio de Belo Horizonte e Região obteve reajuste de 8% para o setor de supermercados e de 7,5% no segmento lojista, contra uma inflação de 6,59% registrada no período entre fevereiro de 2012 e março de 2013. Com o custo de vida medido no mesmo período e também com data base em 1º de março, os Comerciários de Betim e Região alcançaram o índice de correção salarial de 7,8%. Em ambos casos foram renovadas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho.

Nos 12 meses entre fevereiro/12 e março/13, os alimentos subiram mais que o dobro (13,48%) e representaram o principal impacto à inflação oficial, com 3,30 pontos percentuais do total.

CARTÃO DO COMERCIÁRIO – Novidade da CCT 2013/2014, o Carão do Comerciário servirá para fornecer ao titular benefícios e descontos no comércio de Betim. Também ajudará ao comerciante, que terá cativo um público consumidor expressivo, na medida em que são cerca de 30 mil comerciários na base do SEC-Betim.

Para que comerciário e comerciante tenham acesso ao cartão será preciso fazer o cadastramento prévio no site do INASEC (WWW.inasec.com.br) e aderir às cláusulas e condições estipuladas pela administradora do cartão. O Cartão do Comerciário somente poderá ser fornecido e administrado pelo INASEC, que detém a exclusividade sobre ele.

Os gastos do Cartão do Comerciário – limitados em 40% do valor do salário - serão debitados na folha de pagamento, sendo necessária uma autorização do empregado assinada em duas vias; uma enviada para a administradora e outra para o empregador. 

VALE COMBUSTÍVEL – Facultado às empresas e quando solicitado pelo empregado, poderá ser feita a concessão de auxílio combustível em substituição ao vale transporte. Assim o trabalhador poderá abastecer do veículo particular em postos de combustível credenciados.

EM CONTAGEM, O COMEÇO DA NEGOCIAÇÃO - Em assembleia geral, realizada na sede do Sintracc, dia 06/06, foi aprovada pauta de reivindicações encaminhada para o sindicato patronal, com a proposta de reajuste salarial e renovação das cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho, com destaque para o pedido de reajuste salarial de 15% para todos os trabalhadores a título de aumento real dos salários; quebra de caixa no valor de R$ 115,00 (cem e quinze reais) mensais; manutenção do Plano de Saúde Ambulatorial Hospitalar, com Obstetrícia, aos empregados, sem ônus para os mesmos e extensão deste benefício aos empregados das empresas atacadista de gêneros alimentícios, e abono de falta às mães, que – de acordo com a proposta - terão abonadas as faltas ao trabalho para acompanhar os filhos de até 14 (quatorze) anos de idade a consultas e exames médicos, desde que comprovem, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito horas), o seu comparecimento como acompanhante através de atestado ou declaração de acompanhamento assinada pelo medico responsável pelo atendimento médico.    

2012, O ANO DO AUMENTO REAL - O balanço das negociações dos reajustes salariais realizado pelo Departamento Intersindical de Assuntos Econômicos (Dieese), em 2012, mostra que 95% das 704 unidades de negociação analisadas pela entidade conquistaram aumentos reais de salários na comparação com a evolução do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano passado.

Os melhores resultados foram obtidos pelas categorias que tiveram reajuste no primeiro semestre. Das 370 negociações analisadas, 97% tiveram aumento real nos vencimentos. O aumento real médio foi de 2,23%. De acordo com a entidade, 2012 foi o melhor ano para reajustes salariais entre os analisados desde o ano de 1996, quando começou a série histórica.

A pesquisa mostra que 63% dos reajustes analisados variaram de 1,01% a 3% acima do INPC-IBGE, enquanto 8% alcançaram ganhos reais acima de 4%. Na pesquisa, os trabalhadores do setor industrial foram os que conseguiram as melhores negociações. Na análise, 97,5% tiveram reajuste acima da inflação. No comércio, esse número foi de 96%, enquanto no setor de serviços ficou em torno de 90%.

 

Renato Ilha, jornalista (MTE 10.300)