União Geral dos Trabalhadores

Copa do Mundo: o antes e o depois

08 de Fevereiro de 2013 às 13:08
por: Prof.Silvério do Prado

Copa do Mundo   o antes e o depois

*(Silver)

_ já burlaram a bola ou será nossa?

 

_ Numa boa, acredite, vamos torcer... Otimismo!!! 

 Aqui no Brasil foi escolhido  como mascote da Copa o Tatu- Bola, espécie em extinção, como forma de valorizar e preservar a nossa biodiversidade, isto é, as  florestas e nossas riquezas. Muito habilidoso para se proteger quando ameaçado, ficando no formato de uma bola, tocou no imaginário e no emocional  dos brasileiros,  pois reflete a  criatividade, o senso de humor  e a irreverência  quando o assunto é futebol.

 

Por que o vermelho no logotipo da data passa a fazer parte das cores do Brasil? Será um pretexto para enfrentarmos até com sangue os sanguessugas que existem no país e nas várias multinacionais espalhadas pelos diversos Estados? Será que o vermelho é para levar o povo brasileiro a ter ódio do sangue derramado no mundo pelos terroristas  e pelos responsáveis pela falta de segurança de centenas de   recintos fechados como acontece de vez em quando ao ceifar as vidas de  dezenas de inocentes? Ou será apenas uma referência ao Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Ministério do Meio Ambiente?

 

A Copa do Mundo é da FIFA no Brasil ou é a Copa do Mundo FIFABRASIL? Nossa soberania todos devemos  defendê-la e jamais aceitarmos imposições externas nem adjetivos pejorativos sobre nossa eficiência; devemos, sim, atender às cláusulas contratuais para a realização do evento, com planejamento e sem sacrificar o bolso dos brasileiros. As sugestões, ajudas, críticas construtivas as aceitaremos de bom grado. A FIFA será respeitada enquanto parceira do povo brasileiro.

 

Enquanto certo torcedor aguarda com esperança e entusiasmo a realização desse magno evento em nosso País, pois terá oportunidade de assistir às melhores seleções do mundo se digladiarem  nas doze arenas, outro, mais fanático, está com sua autoestima alta porque seu time do coração será agraciado com um novo belo estádio ou com um estádio novo e belo. Há, ainda, aquele torcedor que vislumbra um belo porvir para o seu País com seus vários problemas solucionados, tais como a mobilidade urbana, após a implantação de muitos metrôs e BRTS circulando, estradas restauradas, muita gente poliglota, renda per capita melhorada, verbas constantes nos Planos Orçamentários Governamentais bem distribuídas e aplicadas, etc. Tudo parece ser positivo. Ótimo! Nós, também fazemos parte da galera que torce para  que  os sonhos se transformem em realidade.

 

E depois da Copa do Mundo o nosso país será melhor?   E os preços dos alimentos, dos remédios, dos imóveis? Seria bom lembrarmo-nos que existe, também, aquele “torcedor fuleco” voltado para si, para os interesses de sua empresa ou de grupos empresariais. Pena que sem dúvida haverá milhões de torcedores das diversas classes da sociedade (inclusive parte da mídia) com amnésia, esquecendo-se das obras superfaturadas, das  licitações fraudadas, dos enriquecimentos ilícitos e imorais fulecagens.

 

 Há vários fantasmas multinacionais querendo tomar posse das nossas riquezas, inclusive daquilo que o povo conquista com o suor do seu trabalho. Vigiai, irmãos, para que não sejamos vilipendiados de nossos ideais, de nossos planos, de nossas glórias. Prá frente, Brasil! A conquista da taça é apenas um símbolo do que o País pode alcançar, ou seja, uma educação de qualidade, uma vida melhor, com saúde e uma posição invejável aos olhos do mundo em termos de país sem miséria nem miseráveis, sem corruptos e/ou corruptores.

 

Oxalá impere o bom senso e a realidade após a Copa retorne sem remorsos, sem arrependimentos e muito menos com tanta exploração do nosso povo; oxalá  tenhamos o prazer de ver as diversas obras concluídas e o povo satisfeito. Que a mascote Tatu-bola seja lembrada e associada ao clamor de preservação da espécie como tem sido a bateria universitária da FGV chamada Tatubola.

 

Vamos torcer pelas conquistas do Brasil: da Copa e dos primeiros lugares entre os países desenvolvidos. Que a nossa felicidade não dependa de Copas e/ou Olimpíadas. Viemos ao mundo para sermos felizes e fazermos as pessoas felizes.

 

Como disse Carlos Drummond de Andrade: que a felicidade não dependa do tempo, nem da sorte, nem do dinheiro; que ela possa vir de dentro para fora, de cada um para todos.

 

*(Prof.Silvério do Prado, assessor educacional da Fesempre e diretor da UGT/Minas)