União Geral dos Trabalhadores

CONCLAT 2022: Centrais mineiras entregarão reivindicações aos candidatos às eleições estaduais

01 de Abril de 2022

As centrais sindicais mineiras se reuniram na noite dessa quinta-feira, 31/03/22, em ambiente virtual, para discutir detalhes da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT) que será realizada no próximo dia 7 de abril. Pela UGT-MG estiveram presentes os diretores Fabian Schettini e José Alves Paixão.

Durante o evento foram apresentadas as reivindicações construídas unitariamente pelas centrais sindicais, em nível nacional, que serão apresentadas aos candidatos à Presidência da República e Congresso Nacional.

A chamada Pauta da Classe Trabalhadora contempla várias sugestões que visam retomar o desenvolvimento econômico de forma sustentável e a geração de empregos com a devida proteção dos direitos (conheça as propostas na próxima página).

Inspirados no documento construído nacionalmente, as centrais sindicais mineiras decidiram elaborar uma pauta estadual específica que contemple as necessidades e interesses da classe trabalhadora mineira.

O documento, em fase de elaboração, será entregue aos candidatos mineiros que concorrem a uma vaga na Assembleia Legislativa, Câmara Federal, Senado e Governo do Estado.

Em defesa da unidade do movimento sindical
De acordo com Fabian Schettini, Minas Gerais sempre teve um papel de vanguarda nas decisões do País e, para além das divergências ideológicas, as entidades sindicais devem investir na unidade e na construção de iniciativas e ações conjuntas.

“As nossas necessidades são muito claras. Vamos provar para o país que a nossa união não é só no discurso. É muito maior do que isso. Prova disso são os vários atos conjuntos realizados ao longo dos anos. Tivemos grandes êxitos quando assumimos essa responsabilidade e atuamos de forma unitária”, declarou Fabian.

José Alves Paixão também defendeu a união das entidades sindicais para defender a classe trabalhadora. “Estamos passando por uma situação muito difícil, com o desemprego em alta e as sucessivas perdas salariais, agravadas ainda mais pela pandemia. A classe patronal não valoriza o trabalhador e não consegue sentar e negociar de forma decente”, ponderou.

Agenda
A CONCLAT será no dia 7 de abril, em formato híbrido (presencial e virtual), em São Paulo, capital, com transmissão por TV e redes sociais do movimento sindical.
A sugestão é que, a partir de 08 de abril, sejam realizados Encontros Regionais da Classe Trabalhadora para complementar com as propostas locais/regionais a Pauta da Classe Trabalhadora.

A partir de maio, trabalho de base e mobilização para apresentar aos trabalhadores e às trabalhadoras às propostas contidas na Pauta da Classe Trabalhadora. Entregar a Pauta às candidatas e aos candidatos ao executivo e legislativo.

Pauta da classe trabalhadora – CONCLAT 2022

A pauta com reivindicações construída nacional pelas entidades sindicais é bastante extensa. Publicaremos, a seguir, um breve resumo das principais reivindicações:

1) Revogar os marcos regressivos da legislação trabalhista e previdenciária.

2) Estabelecer a jornada de trabalho em até 40 horas semanais, sem redução de salário e com controle das horas extras, eliminando as formas precarizantes de flexibilização da jornada.

3) Favorecer a entrada dos jovens no mercado de trabalho.

4) Oferecer política de formação profissional continuada e programas de elevação de escolaridade

5) Promover reforma sindical que democratize o sistema de relações de trabalho no setor público e no setor privado, urbano e rural, fundada na autonomia sindica.

6) Regulamentar o art. 7º, inc. XXVII, da Constituição, que prevê a proteção dos trabalhadores frente a inovações tecnológicas.

7) Promover o princípio "trabalho igual, salário igual" (Convenção 100 da OIT).

8) Instituir uma política de valorização do salário mínimo que assegure a recomposição da inflação e um considerável aumento real.

9) Estabelecer o programa de renda básica.

10) Criar políticas ativas de geração de trabalho e renda para enfrentar o desemprego e o subemprego.

11) Criar políticas ativas de geração de trabalho e renda para mulheres, população negra, juventude, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência.

12) Garantir a proteção aos desempregados.

13) Promover a erradicação da fome, combater a carestia e garantir a segurança alimentar.
14) Revisar a política de preços de produtos essenciais.

15) Fortalecer a agricultura familiar.

16) Articular as políticas de desenvolvimento produtivo com a promoção da indústria nacional, revertendo o processo de desindustrialização e reprimarização.

A pauta completa e pode ser conferida no site da UGT Nacional, no link https://www.ugt.org.br/post/41617-CONCLAT-2022-Da-organizacao

 

 

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