União Geral dos Trabalhadores

Garis de BH reivindicam vacina e entram em greve

31 de Marco de 2021

A greve dos trabalhadores terceirizados da limpeza urbana da capital mineira teve início na noite dessa terça-feira, 30/03. De acordo com o presidente do Sindeac, sindicato que representa os garis, Paulo Roberto da Silva, várias tentativas têm sido feitas nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal), mas até o momento não houve nenhuma definição efetiva e oficial sobre a vacinação urgente da categoria.

A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou a inclusão dos garis no plano de vacinação, mas não previu datas e nem critérios para a imunização. “Os trabalhadores da limpeza urbana estão adoecendo e não podemos ficar de braços cruzados. Eles estão na linha de frente desde o início da pandemia, expostos permanentemente aos riscos de contaminação”, afirma Paulo Roberto, que é também presidente da UGT-MG.

Desde a última sexta-feira, equipes do Sindeac estão percorrendo as garagens e as ruas de Belo Horizonte para mobilizar e organizar os garis. Faixas foram afixadas em vários pontos da capital. Com o slogan “Vida de gari importa” e “Vidas que preservam vidas”, o objetivo é também conscientizar e pedir o apoio e a compreensão da população.

Sindicato dos motoristas adere à paralisação
A mobilização e a greve dos garis ganharam um aliado de peso: o Sindicato dos Motoristas Empregados em Empresas de Cargas, Logísticas em Transporte e Diferenciados de Belo Horizonte e região - SIMECLODIF.

“Aderimos à greve em função do risco a que estão expostos os motoristas de coleta de resíduos e lixo de Belo Horizonte. É uma situação que temos denunciado desde o início da pandemia. Esses profissionais não receberam nenhuma atenção, nem das empresas e nem dos setores públicos”, diz o presidente do sindicato, Natanael Dias de Moura.

De acordo com ele, os motoristas, em conjunto com os garis, têm desempenhado suas funções normalmente, contribuindo para a manutenção da limpeza urbana. “Sem a presença desses profissionais o caos sanitário será imenso, agravando ainda mais a pandemia. Não é o que queremos, mas é a alternativa que nos aponta neste momento”, finaliza.

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