Greve dos servidores da Jucemg termina depois de 120 dias de paralisação

Movimento firmou acordo com secretário da Fazenda e retornou ao trabalho no primeiro dia útil do ano.

Após 120 dias em greve, chegou ao fim à paralisação dos servidores da Junta Comercial de Minas Gerais. O Termo de Acordo foi assinado na última sexta-feira do ano, 29/12, pelas representantes da Associação dos Servidores da Junta Comercial – Asjuc e o secretário de Estado da Fazenda, José Afonso Bicalho.

“As reivindicações foram atendidas, entre elas a definição de uma agenda de trabalho para implementar o plano de carreira dos servidores, melhorias na ajuda de custo e a constituição de uma comissão com representantes das partes para o atendimento das demais pautas de reivindicação”, cita Alessandra Araújo, presidente da Asjuc.

Segundo a presidente, a greve somente terminou com a intervenção do governador Fernando Pimentel que se comprometeu em dialogar com a categoria e a presença do secretário da Fazenda. “A administração da Jucemg somente chamou para conversar após mais de três meses de paralisação e, mesmo assim, não se chegava nunca a um acordo para por fim à paralisação”, relembra Araújo.

Ao longo dos quatro meses em greve, Araújo comenta sobre as dificuldades enfrentadas, entre elas a suspensão do salário dos servidores, a falta de diálogo da alta administração, bem como a força da categoria que se manteve unida. “Apesar da indiferença da presidência da Jucemg, sempre acreditávamos que poderíamos avançar, reconquistar direitos e dignidade preteridos há anos na Junta Comercial. Fizemos, continua Alessandra, passeatas, mobilizações junto às entidades representativas, denúncias à imprensa e protestos constantes na porta da Junta Comercial”, diz.

No acordo firmado com o Governo, na presença do secretário José Afonso Bicalho, está pactuado a compensação e o pagamento dos dias paralisados em decorrência do movimento paredista. Entre as pautas da categoria, estão incluídos também a implementação do crédito de assiduidade, fim de desvio de função, nepotismo, marcação de ponto dos servidores e demais assuntos.

A greve foi deflagrada no dia 28/8/17 e contou com a adesão de servidores da capital e dos seis escritórios regionais do interior.