União Geral dos Trabalhadores

Mais um ano se passou e a situação continua sendo de penúria para os servidores públicos de Minas Gerais

27 de Novembro de 2017

No final do ano passado, exatamente em 12 de dezembro de 2016, a UGT-MG publicava um artigo no qual prestava solidariedade ao servidor público do Estado de Minas Gerais.  Ao mesmo tempo, repudiava a política adotada pelo governador Fernando Pimentel, de parcelar o pagamento dos salários e do décimo terceiro, sob alegação de falta de recursos.

Chamávamos a atenção, também, para a ausência de uma política de reajuste dos salários e para o fato de, ao findar de 2016, o funcionalismo amargava três anos consecutivos sem qualquer correção salarial, nem mesmo a reposição da inflação.

É com tristeza que chegamos ao fim de 2017 e percebemos que o quadro em nada alterou. Os salários continuam sendo pagos parcelados e não há previsão de liberação do décimo terceiro, com previsão de que só seja integralmente quitado em 2018. Reajuste salarial, então, nem pensar.

Aos problemas até então existentes somam-se outros, como falta de diálogo, recusa em receber a categoria para negociar, perseguição política e assédio moral no ambiente de trabalho, conforme denúncias apresentadas por entidades representativas dos servidores públicos mineiros.

A situação continua sendo de penúria para muitos servidores que não conseguem quitar suas obrigações financeiras, como a conta de luz, água, telefone, a escola dos filhos, o supermercado, o açougue, o cartão de crédito, enfim, despesas do dia a dia, pagando juros e multas.

Para aqueles situados nas faixas salariais menores, a política adotada por Fernando Pimentel tem comprometido até o alimento sobre a mesa. Não custa nada reforçar que a grande maioria do funcionalismo estadual mineiro ganha, no máximo, até R$ 3 mil por mês. Os altos salários são privilégio de uma minoria abrigada em cargos comissionados e nos escalões próximos do governo.

Por isso, voltamos a denunciar a insensibilidade do governo de Minas e a reforçar o apelo feito ao governador Fernando Pimentel para que não feche os olhos às justas reivindicações dos servidores. Eles não podem pagar, sozinhos, o ônus da má gestão e da incompetência administrativa. Se as finanças estão combalidas, certamente não é por culpa dos servidores.

Chegando ao final de mais um ano, a União Geral dos Trabalhadores de Minas Gerais (UGT-MG) vem a público prestar sua solidariedade ao funcionalismo público e se une à luta das categorias para exigir do governo do Estado respeito aos direitos fundamentais dos trabalhadores. Entre os quais, receber os salários no quinto dia útil e a justa correção na data-base. Podem contar conosco.

 

                          Paulo Roberto da Silva - Presidente da UGT-MG