União Geral dos Trabalhadores

Audiência e ato público homenageiam vítimas da barragem da Vale, em Brumadinho

25 de Abril de 2019

Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, acolheu nessa quinta-feira, 25/04, audiência pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para discutir a segurança e a saúde no trabalho no Estado.

Contou com a presença de representantes da comunidade, de movimentos sociais e populares, do movimento sindical, entre outros. Pela UGT-MG participaram os diretores Leonardo Siqueira Vale, Eduardo Sérgio Coelho, Geraldo Anatólio e José Alves Paixão.

O local foi escolhido pela Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social da ALMG para relembrar as vítimas do rompimento da barragem do grupo Vale na Mina do Córrego do Feijão, uma vez que muitas delas eram trabalhadores da própria empresa responsável pela tragédia.

O rompimento da barragem resultou em 233 mortos e 37 pessoas ainda continuam desaparecidas. Completou exatos três meses nesse 25 de maio de 2019.

Além do local, também o dia escolhido para a audiência pública tem significado. É uma data próxima ao Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e ao Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidente de Trabalho, ambos em 28 de abril.

A audiência pública, requerida pelo deputado Celinho Sintrocel (PCdoB), aconteceu pela manhã no Espaço Casa Nova, localizado no km 40 da Rodovia Augusto Diniz Murta, próximo ao trevo de Brumadinho.

Ato público e ecumênico

Após a audiência, houve ato ecumênico e uma homenagem às vítimas da barragem da Vale, preparada pela comunidade.

Caixões, cruzes, faixas de protesto, roupas e fotos dos mortos foram colocados no local. Muitos familiares presentes ainda choram a perda de seus entes queridos e clamam por justiça. Três meses após a tragédia, Brumadinho permanece de luto.

Às 12h28, no horário aproximado do rompimento da barragem da Vale, houve um minuto de silêncio; e sinos tocaram.

Além de relembrar os mortos, os familiares fizeram a chamada das 37 vítimas ainda desaparecidas, seguidos da resposta “presente, presente”. Balões brancos foram soltos no ar.

Nas várias falas durante a audiência pública e o ato público, a convicção de que: a Vale é a responsável direta pela tragédia criminosa que se abateu sobre a população. Também são responsáveis o Estado brasileiro e o Estado de Minas por omissão e negligência.

Os participantes cobraram da mineradora e das autoridades competentes:

• Apoio imediato e integral às vítimas e seus familiares
• Reparações e indenizações, em níveis adequados
• Garantia dos empregos diretos e indiretos gerados na região
• Reparo dos danos causados à população, à cidade e às demais regiões afetadas

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